Energia limpa: qual o potencial do biogás?

20/01/2023

Em 2021, 2,35 bilhões de Nm³ de biogás foram produzidos por 755 plantas em operação no Brasil. A previsão é chegar a 11 bilhões de Nm³ em 2030, com um total de mil plantas.

Um dos maiores desafios atuais dos países é promover a descarbonização e reduzir as emissões de gases do efeito estufa (GEEs). Para alcançar as metas acordadas, as nações estão buscando formas mais sustentáveis, como aumentar o uso de energia limpa e diminuir o impacto da cadeia de produção.

Uma das opções para isso é ampliar o uso do biogás. O biogás é um recurso energético renovável, formado por metano e gás carbônico. Ele é produzido a partir da biomassa ou outras matérias orgânicas, como RSU e dejetos de criação de suínos, gerando um gás que pode ser utilizado para produção de calor ou geração de energia elétrica.

O Brasil tem se destacado como um potencial produtor de biogás, uma vez que possui fatores importantes, que facilitam a ampliação de investimentos e a adesão de usuários. Entenda melhor o potencial de crescimento do biogás e como as empresas estão investindo nessa fonte.

O potencial do biogás no Brasil

O Brasil, atualmente, apresenta fatores que favorecem o crescimento do uso e investimento do biogás. Primeiramente, a quantidade de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos no país é suficiente para tornar essa fonte uma das principais.

Com a geração de 80 milhões de toneladas de lixo ao ano, o país pode ampliar o número de usinas, ajudando municípios a lidarem melhor com seus passivos ambientais. Além disso, a agricultura também produz biomassa que não é totalmente aproveitada.

O Brasil também possui grande demanda de energia limpa, principalmente no setor de transportes. O biogás tem potencial de suprir 30% da demanda de energia elétrica ou 70% de todo o consumo de óleo diesel.

Com a nova lei do gás e outros projetos, como o Plano ABC, há uma desburocratização para projetos desse setor, além de um maior financiamento para iniciativas verdes. Nos últimos anos, os órgãos reguladores têm percebido o potencial da fonte, por isso, têm buscado processos de regulação que aumentem a segurança jurídica nesse tipo de investimento.

Outro ponto positivo é que iniciativas limpas, como usinas de biogás, podem gerar crédito de carbono e I-RECs, que são meios de contabilizar a redução de emissão de gases do efeito estufa e transformar esses créditos em fontes de monetização.

A Eva Energia e o potencial do biogás

Uma das vantagens desta fonte é que a produção do biogás e do biometano pode se dar próxima ao local onde a energia é consumida, reduzindo as demandas de transmissão, bem como o excedente pode ser vendido.  É isso que fez a Eva Energia.

Em um primeiro momento, o empreendimento investiu em uma usina de biogás para diminuir os passivos ambientais vindos da produção de suínos na Fazenda Mano Júlio. Atualmente a fazenda está no caminho da autossustentabilidade energética, reduzindo custos, contribuindo para a economia circular e fortalecendo ainda mais a imagem do agronegócio no Brasil e no mundo.

Ao tratar esses passivos ambientais, foi possível capturar o metano, gás 25 vezes mais poluente que o CO2, impedindo sua entrada na atmosfera. Com isso, além de preservar o meio ambiente, produzimos energia elétrica 100% renovável, em um processo em linha com os princípios da economia circular.

Agora, outras empresas também podem usufruir do excedente. Com 20 MW em operação, nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo e Mato Grosso, empresas de diversos portes podem contratar energia elétrica 100% renovável e de baixo custo da nossa empresa. Além disso, oferecemos o I-REC, que é o certificado que comprova a origem renovável da energia elétrica adquirida.

Portanto, investir no biogás traz diversos benefícios tanto para empresas quanto para o meio ambiente. O biogás é uma fonte renovável, não intermitente e armazenável, diferentemente da energia eólica e solar, e que pode ser utilizada como energia elétrica ou biocombustível. Por isso, as expectativas é que esse tipo de investimento cresça exponencialmente nos próximos anos no Brasil.

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